Em 2024, a Yamaha consolidou sua posição como a segunda maior fabricante de motocicletas no Brasil, superando 20% de participação no mercado nacional. Até outubro, a empresa registrou a venda de pouco mais de 300 mil unidades, destacando-se especialmente com os modelos YBR 150 Factor e Fazer 250, reconhecidos por sua confiabilidade e baixo custo de manutenção. Nos dez primeiros meses do ano, as vendas do mercado de duas rodas no país totalizaram 1,57 milhão de unidades, volume 19,6% maior que o registrado em igual período de 2023.

Segundo Rafael Lourenço , gerente de Relações Institucionais da Yamaha, a estratégia da marca está apoiada em três pilares: na qualidade do produto, na capacitação dos funcionários e, principalmente, no serviço de pós-venda. Na avaliação dele, é muito importante acolher o cliente no momento em que ele não esteja feliz com algo no produto, além de investir no ambiente das lojas e no conceito de moto como estilo de vida, não apenas como meio de transporte.

Em termos de modelos específicos, a Yamaha YBR 150 Factor acumulou 47.151 unidades vendidas até novembro, enquanto a Yamaha XTZ 250 Lander alcançou 43.565 unidades no mesmo período. Esses números refletem a aceitação dos produtos da Yamaha entre os consumidores brasileiros, embora ainda distantes dos volumes atingidos pelos principais modelos da concorrência.

Para fortalecer sua posição no mercado, a Yamaha lançou recentemente a Factor 2025, com preços a partir de R$ 17.690, buscando competir diretamente com modelos populares da Honda, como a CG 160. Essa estratégia visa atrair consumidores que buscam alternativas com bom custo-benefício.

Com isso, a Yamaha manteve um desempenho sólido no mercado brasileiro de motocicletas em 2024, consolidando-se como a segunda maior fabricante do país. No entanto, a ampla liderança da Honda continua sendo um desafio significativo para a empresa. A introdução de novos modelos e estratégias de mercado mais agressivas podem ser essenciais para que a Yamaha amplie sua participação nos próximos anos.

ACELERAÇÃO

Pelos números da Abraciclo, 131.947 unidades saíram das linhas de montagem das fabricantes instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM) em novembro. O volume é 2,1% superior na comparação com o mesmo mês do ano passado e representa estabilidade frente aos números de outubro. Esse foi o melhor desempenho para o mês desde 2013.

No acumulado do ano, foram produzidas 1.454.955 unidades, alta de 9,6% na comparação com o mesmo período de 2022. Esse é também o melhor resultado em 11 anos. O resultado alcançado reflete o empenho das fabricantes em superar as dificuldades impostas pela estiagem. “Os impactos foram minimizados, graças ao esforço da indústria em buscar alternativas logísticas para manter o mercado abastecido”, disse Marcos Bento, presidente da Abraciclo.