・20/01/2025・Texto por Hugo Cilo, Redação Power Supply
<p>Se os cálculos dos especialistas estiverem certos, a indústria brasileira de carne bovina registrou em 2024 seu melhor desempenho da história em vendas ao exterior. Os embarques registraram novo recorde em outubro (dado mais recente), chegando a 301.166 toneladas, com faturamento de US$ 1,36 bilhão. No acumulado dos primeiros dez meses de 2024, o aumento foi de 29,9% no volume exportado, chegando a 2,4 milhões de toneladas, enquanto o faturamento cresceu 22,8%, atingindo US$ 10,5 bilhões.<span style="font-family:var(--artdeco-reset-typography-font-family-sans); font-size:var(--artdeco-reset-base-font-size-hundred-percent)"> </span></p>
<p>De acordo com a análise da Associação Brasileira dos Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) sobre os números divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), somente nos primeiros dez meses de 2024 as exportações de carne bovina no Brasil já praticamente se igualaram ao resultado de todo o ano de 2023, quando o país exportou 2,29 milhões de toneladas, movimentando US$ 10,5 bilhões. A tendência para o fechamento deste ano, segundo a Abiec, é de manutenção dos recordes até dezembro.<span style="font-family:var(--artdeco-reset-typography-font-family-sans); font-size:var(--artdeco-reset-base-font-size-hundred-percent)"> </span></p>
<p>“Para se dar uma dimensão do tamanho e da eficiência das exportações brasileiras de carne bovina, basta dizer que, em outubro, foram mais de 400 contêiners embarcados, por dia, no Brasil”, ilustra o presidente da Abiec,<span style="font-family:var(--artdeco-reset-typography-font-family-sans); font-size:var(--artdeco-reset-base-font-size-hundred-percent)"> </span><a class="ember-view" href="https://www.linkedin.com/in/acamardelli/" id="ember975" style="box-sizing: inherit; margin: var(--artdeco-reset-base-margin-zero); padding: var(--artdeco-reset-base-padding-zero); font-size: var(--artdeco-reset-base-font-size-hundred-percent); vertical-align: var(--artdeco-reset-base-vertical-align-baseline); background-image: ; background-position-x: ; background-position-y: ; background-size: ; background-repeat: ; background-attachment: ; background-origin: ; background-clip: ; background-color: var(--artdeco-reset-link-background-color-transparent); text-decoration: var(--artdeco-reset-link-text-decoration-none); font-weight: var(--font-weight-bold); border: var(--artdeco-reset-link-border-zero); color: var(--color-action); font-family: var(--artdeco-reset-typography-font-family-sans); touch-action: manipulation; overflow-wrap: break-word;">Antônio Jorge Camardelli</a>, que afirma ainda que, no mesmo mês, os preços médios da carne bovina exportada tiveram uma recuperação de 5%, puxados pelo aumento de 7,4% no preço médio da carne in natura.<span style="font-family:var(--artdeco-reset-typography-font-family-sans); font-size:var(--artdeco-reset-base-font-size-hundred-percent)"> </span></p>
<p>A China, o maior mercado para o Brasil, importou quase 159.595 toneladas. “Isso confirma, mais uma vez, a parceria entre os dois países. Hoje, a China tem 54,4% de participação no montante exportado pelo Brasil em carne bovina, e isso é o resultado de um trabalho diuturno de conquista e manutenção deste mercado, para o qual contamos com a parceria da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, a ApexBrasil”, disse Camardelli.<span style="font-family:var(--artdeco-reset-typography-font-family-sans); font-size:var(--artdeco-reset-base-font-size-hundred-percent)"> </span></p>
<p>O presidente da Abiec ressalta, como fatores que sustentam o crescimento das exportações, a segurança, a sanidade da carne bovina brasileira e os esforços do setor em rastreabilidade e para a transição para um modelo mais sustentável de produção.<span style="font-family:var(--artdeco-reset-typography-font-family-sans); font-size:var(--artdeco-reset-base-font-size-hundred-percent)"> </span></p>
<p>Ainda de acordo com os dados do (MDIC), os Estados Unidos seguem como o segundo maior comprador da carne bovina do Brasil, com volumes de 27.940 toneladas e faturamento de US$159,3 milhões, no último mês. Isso representa uma alta de 10,4% no volume e de 12% no faturamento, frente a setembro passado. Já as Filipinas foram o terceiro maior destino da carne bovina brasileira no mês passado, com 11.369 toneladas exportadas e faturamento de US$ 42,7 milhões.<span style="font-family:var(--artdeco-reset-typography-font-family-sans); font-size:var(--artdeco-reset-base-font-size-hundred-percent)"> </span></p>
<p>Considerando as categorias de produtos de carne bovina, foram exportadas 270.332 toneladas de carne in natura (representando quase 90% do total), 16.022 toneladas de miúdos, 8.547 toneladas de carne industrializada, 2.926 toneladas de tripas, 2.824 toneladas de gordura e 515 toneladas de carnes bovinas salgadas.<span style="font-family:var(--artdeco-reset-typography-font-family-sans); font-size:var(--artdeco-reset-base-font-size-hundred-percent)"> </span></p>
<p>Em 2024, os dez maiores compradores da carne bovina do Brasil representaram, em volume, cerca de 80% de tudo o que o Brasil exportou. Aqui também se destacam mercados como a China, com volumes de mais de 1 milhão de toneladas e faturamento de US$ 4,8 bilhões, entre janeiro e outubro, registrando 12,7% no volume embarcado e 3% de aumento no faturamento frente o mesmo período de 2023.<span style="font-family:var(--artdeco-reset-typography-font-family-sans); font-size:var(--artdeco-reset-base-font-size-hundred-percent)"> </span></p>
<p>Os Estados Unidos registraram um aumento significativo nos embarques este ano, de 69%, chegando a 175.193 toneladas, com faturamento de US$ 1,02 bilhão (aumento de 58,7% frente ao mesmo período do ano passado). Emirados Árabes, com embarques de quase 125 mil toneladas, Hong Kong com compras próximas a 100 mil toneladas, Chile (86.587 toneladas), Filipinas (80.472 toneladas) e Egito (78.080 toneladas), também mereceram destaque.<span style="font-family:var(--artdeco-reset-typography-font-family-sans); font-size:var(--artdeco-reset-base-font-size-hundred-percent)"> </span></p>
<p>Para Camardelli, as perspectivas para as exportações nos dois últimos meses de 2024 vão depender do contrabalanço entre a demanda do mercado interno, com a proximidade do final de ano, e a possibilidade de as indústrias negociarem o que o mercado externo tem demandado. “Mas, de qualquer maneira, 2024 tende a fechar seus resultados com exportações recordes para a carne bovina tanto em volume, quanto em faturamento”, finalizou.<span style="font-family:var(--artdeco-reset-typography-font-family-sans); font-size:var(--artdeco-reset-base-font-size-hundred-percent)"> </span></p>
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