・05/10/2022・Texto por Redação Power Supply

Quando o tema sustentabilidade ainda não fazia parte das prioridades das empresas, a catarinense Malwee, uma das mais tradicionais marcas do setor têxtil brasileiro, já tinha como parte da gestão o que hoje é conhecido como ESG (sigla em inglês para ambiental, social e governança). Desde a fundação, em 1968, a empresa tem como foco contribuir com a comunidade e preservar o meio ambiente. Prova disso foi a criação do Parque Malwee, em 1978, em Jaraguá do Sul (SC). Com 1,5 milhão de metros quadrados – mesmo tamanho do parque Ibirapuera, em São Paulo –, ele é símbolo do seu compromisso com a sociedade e o meio ambiente. 

Para o Guilherme Weege, CEO da Malwee, o cuidado com o meio ambiente e a responsabilidade social estão no centro do negócio, algo que se consolidou na cultura da empresa. “Não sabemos fazer diferente”, afirmou o empresário. “Tenho como lema que “não adianta ser sustentável sozinho”. Por isso, acredito que é necessário compartilhar nossa experiência para encorajar e incentivar outras empresas a pensarem suas práticas de produção e também se engajarem nesta transformação.” 

Entre todas as iniciativas da companhia, a mais relevante é a implantação do Lab Malwee Jeans, onde a empresa produz o jeans mais sustentável do Brasil, com 98% de redução no consumo de água e sem produtos químicos nocivos, como o permanganato (usado na la- vanderia tradicional). O Lab Malwee Jeans é a única lavanderia 5.0 da América Latina que opera com tecnologia de ponta, desenvolvida pela empresa espanhola Jeanologia. No mundo, apenas quatro empresas contam com este processo completo de fabricação de jeans. 

Foram investidos R$ 9 milhões na sua implantação em 2019 e a produção das primeiras 127 mil peças já geraram uma economia de mais de 7,6 milhões de litros de água, quantidade suficiente para abastecer uma família de três pessoas por 63 anos. Isso é possível porque, ao contrário do modo tradicional de produzir o jeans, no qual muitos processos químicos usam água para obter os efeitos de lavagem, puídos e rasgos na peça, no Lab Malwee Jeans esses efeitos são produzidos com laser. Já no processo de clareamento das peças, a água é substituída por ozônio e a aplicação de amaciantes é feita através de uma tecnologia de nanobolhas, que em vez de utilizar o produto com água, o aplica diretamente na peça por meio de uma nuvem de nanopartículas. 

“Somos movidos por relações duradouras com as pessoas, o negócio e o planeta e é exatamente esse posicionamento que nos diferencia nessa jornada socioambiental, pois nos possibilita construir um ecossistema no qual todos podem crescer juntos”  Guilherme Weege, CEO da Malwee

Além disso, toda a água usada nesse processo é tratada internamente por um equipamento chamado H2Zero, para então voltar ao sistema. Essa água fica em um circuito fechado e é reaproveitada na produção de novas peças. A reposição necessária é feita apenas pela perda em evaporação. Recentemente, o jeans da marca ganhou um novo aditivo de sustentabilidade com o fio elastano Lycra EcoMade, lançado como coleção-cápsula em parceria com a Lycra. 

Outro caso inovador na indústria da moda é o investimento na redução de emissões de gases de efeito estufa e investimento em energia renovável. Hoje, a matriz energética da Malwee tem 83% da energia total consumida de fonte renovável. A empresa também investiu em energia eólica, certificada para abastecer 100% da eletricidade da matriz, e substituiu a iluminação das unidades de produção, Parque Malwee e lojas por tecnologia LED (que emite menos CO2). “Somos movidos por relações duradouras com as pessoas, o negócio e o planeta e é exatamente esse posicionamento que nos diferencia nessa jornada socioambiental, pois nos possibilita construir um ecossistema no qual todos podem crescer juntos”, afirmou Weege. Mais do que produzir roupas, a Malwee se especializou em fabricar sustentabilidade. 

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