・13/01/2025・Texto por Redação Power Supply
<p>A partir de 2026, o setor automotivo será palco de uma das maiores reestruturações de sua história recente: a fusão das montadoras japonesas Honda, Nissan e Mitsubishi, possivelmente. A nova gigante, cujo nome ainda não foi anunciado, pretende consolidar as operações das três companhias em uma plataforma unificada, visando liderar a transição para veículos elétricos (EVs) e enfrentar a crescente concorrência global. A Mitsubishi Motors, da qual a Nissan é acionista majoritária, ainda está considerando a possibilidade de participar. “A ascensão das montadoras chinesas e de novos participantes mudou bastante a indústria automobilística”, disse o presidente-executivo da Honda, Toshihiro Mibe , na coletiva de imprensa.<span style="font-family:var(--artdeco-reset-typography-font-family-sans); font-size:var(--artdeco-reset-base-font-size-hundred-percent)"> </span></p>
<p>A fusão deverá trazer mudanças significativas na cadeia global de suprimentos, já que a consolidação de operações tende a gerar sinergias e otimizar processos. Um dos principais objetivos declarados pelas montadoras é racionalizar os custos de produção e logística por meio de compras em maior escala e da redução de redundâncias na base de fornecedores. “Temos que desenvolver capacidades para lutar com eles até 2030, caso contrário, seremos derrotados”, afirmou Mibe. Juntas, Honda e Nissan alcançariam vendas combinadas de 30 trilhões de ienes (US$ 191 bilhões) e lucro operacional de mais de 3 trilhões de ienes.<span style="font-family:var(--artdeco-reset-typography-font-family-sans); font-size:var(--artdeco-reset-base-font-size-hundred-percent)"> </span></p>
<p>Para os fornecedores, essa reestruturação pode trazer tanto oportunidades quanto desafios. Aumentos no volume de produção podem significar contratos mais robustos e previsíveis para os parceiros que atenderem às demandas de escala e inovação tecnológica. No entanto, fornecedores menores e menos competitivos podem enfrentar dificuldades, dada a possível seleção mais rigorosa e o fortalecimento de relações com players estratégicos. Entre os efeitos positivos para os fornecedores estão o acesso a volumes maiores (com mais demanda por componentes como baterias para EVs, semicondutores e sistemas de software embarcado), estímulo à inovação (os fornecedores serão incentivados a investir em P&D para atender às exigências de eficiência energética e sustentabilidade) e a possibilidade de parcerias globais, já que a expansão das operações e a maior interação com diferentes mercados podem abrir portas para fornecedores entrarem em novos territórios. No possível lado negativo para os fornecedores, pode existir concentração de contratos, pressão por custos e exigência de conformidade tecnológica, em um cenário em que pequenas e médias empresas podem encontrar dificuldades para se adaptar rapidamente às demandas tecnológicas impostas pela nova entidade, especialmente em áreas como eletrificação e automação.<span style="font-family:var(--artdeco-reset-typography-font-family-sans); font-size:var(--artdeco-reset-base-font-size-hundred-percent)"> </span></p>
<p>O fato é que analistas destacam que a fusão Honda-Nissan-Mitsubishi terá efeitos duradouros no setor, podendo redefinir padrões de colaboração e competição em uma indústria já em transformação. No curto prazo, o foco será na integração das operações e no alinhamento estratégico. A longo prazo, espera-se que a empresa combine a expertise das três marcas para expandir sua presença em mercados emergentes e consolidar sua posição em regiões maduras.<span style="font-family:var(--artdeco-reset-typography-font-family-sans); font-size:var(--artdeco-reset-base-font-size-hundred-percent)"> </span></p>
<p>A fusão também levanta questões sobre o futuro do trabalho na indústria automotiva. À medida que as empresas buscam automatizar processos e introduzir tecnologias mais sofisticadas, há preocupação com possíveis impactos sobre o emprego, tanto em suas próprias operações quanto na base de fornecedores.<span style="font-family:var(--artdeco-reset-typography-font-family-sans); font-size:var(--artdeco-reset-base-font-size-hundred-percent)"> </span></p>
<p>Com desafios e oportunidades no horizonte, a fusão promete remodelar não apenas as dinâmicas internas das montadoras, mas também as relações com parceiros industriais e consumidores globais.<span style="font-family:var(--artdeco-reset-typography-font-family-sans); font-size:var(--artdeco-reset-base-font-size-hundred-percent)"> </span></p>
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