Embalagens de papelão, madeira ou qualquer outro material que possa ser reaproveitado são descartadas diariamente em lojas e supermercados. Cada caixa, por menor que seja, tem um custo que impacta no preço – o valor unitário de cada caixa, quando aplicado em uma escala industrial, gera uma despesa enorme. Não faz sentido uma fábrica adquirir estas embalagens investindo uma pequena fortuna para jogar fora após a entrega. 

“Os custos associados ao processo da cadeia de suprimentos sempre foram uma preocupação para as empresas”, afirmou Renato Pádua, gerente comercial da CWBem, empresa especializada em terceirização e projetos especiais. “Mas esses aspectos dos resultados de negócios são ampliados quando a cadeia de suprimentos fica repentinamente repleta de problemas, principalmente no armazenamento das embalagens utilizadas no transporte até os PDVs.”

Para entender o tamanho da economia que o retorno de embalagem proporciona, basta fazer um cálculo utilizando uma caixa de papelão reforçada, ideal para transporte de mercadorias, com as medidas 40 x 30 x 30 como exemplo. Vamos arbitrar um valor médio de cada caixa em R$ 10, se uma indústria que produz extrato de tomate enviar 500 caixas com seus produtos, o investimento somente em papelão chega a R$ 5 mil somente nesta remessa. 

“A logística reversa refere-se às operações relacionadas à movimentação de produtos e materiais do usuário final de volta à cadeia de suprimentos, envolvendo descarte e reciclagem de embalagens. Nem sempre uma embalagem sai do PDV danificada, com manchas ou rasgadas, por exemplo”, disse Pádua.

Um sistema de logística reversa eficiente pode ajudar a empresa a reduzir seus custos de várias maneiras ao reaproveitar as embalagens novamente. A empresa pode economizar muito nos custos de aquisição, por exemplo. Ao se preocupar em recuperar cada caixa enquanto o restante do negócio está operando de forma eficiente, a lucratividade melhora quase que automaticamente. 

“Um dos benefícios mais significativos da otimização da logística reversa é o impacto nos resultados. Lembre-se, muitas caixas devolvidas pelos PDVs podem realizar o mesmo trajeto, pelo menos mais quatro ou cinco vezes, dependendo do manuseio e do cuidado no tratamento de cada embalagem” — conclui Pádua