・03/11/2023・Texto por Redação Power Supply
Nunca se pagou tanto com cartões de crédito. A Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) estima que o uso dos meios eletrônicos de pagamento deve somar mais de R$ 3,6 trilhões neste ano. Atualmente, os pagamentos com cartões representam quase 60% do consumo das famílias e mais de um terço do Produto Interno Bruto (PIB), e existem no Brasil mais de 21 milhões de máquinas e dispositivos de captura de transações. A modalidade de pagamento por aproximação já representa metade das compras presenciais com cartões.
Os dados foram apresentados pela entidade em evento em Brasília, na terça-feira (24), para comemorar aniversário de uma década da lei 12.865/2013, que deu origem ao marco legal das instituições de pagamento no Brasil. “O marco legal consagra o setor no seu aspecto de evolução competitiva e mitigação de risco sistêmico que antes não existia”, disse Giancarlo Greco, presidente da Abecs e CEO da Elo.
Segundo a associação, tem cerca de 100 empresas filiadas, em 2013 as transações com cartões de crédito e débito já somavam um volume de mais de R$ 850 bilhões, com crescimento na casa de 18%. A indústria de meios eletrônicos de pagamento passou por uma extensa jornada de transformação ao longo dos anos. O resultado foi a consolidação do mercado como um dos pilares fundamentais da economia e da sociedade, afirma a Abecs.
As contas com bancos e cartão de crédito tiveram uma queda de 0,31 pontos percentuais entre agosto e setembro, passando de 29,2% das pendências financeiras no Brasil para 28,9%. Esse é o menor volume do ano, que já chegou a 31,9% em maio. É o que aponta a mais recente edição do Mapa da Inadimplência e Renegociação de Dívidas da Serasa, lançada hoje, com dados do mês de setembro de 2023.
Já o número de brasileiros inadimplentes teve leve alta em alta em setembro. Foram 71,8 milhões contra 71,7 milhões em agosto, uma variação de 0,12%. Desse total, 50,4% são mulheres e 49,6% são homens. As faixas etárias mais afetadas foram de 41 a 60 anos de idade (34,9%) e de 26 a 40 anos de idade (34,5%).